São Paulo é uma cidade tão cruel, muitas vezes, que até priva seus pobres habitantes de algumas pequenas felicidades momentâneas. Andar de trem é uma delas.
Dia desses deixei o carro em casa e fui de trem. Sim, o bom e velho ferrocarril, o monstro de ferro que desbravou os campos e trouxe o progresso, o comboio dos operários da periferia, o prosaico e eficiente transporte ferroviário.
Depois de uma caminhada saudável cheguei à Estação da Cidade Universitária, às 7h da manhã, para embarcar em direção ao trabalho. Imediatamente me lembrei das minhas andanças em Berlim, quando ir da Zoologischer Garten Hauptbahnhof até a estação de Ostkreuz era parte do prazer de viajante mochileiro. Sem dúvida nenhuma que o trem de subúrbio é o mais cosmopolita dos transportes, ao lado do metrô. Tirando o fedor do Rio Pinheiros e a endêmica feiura paulistana, o trem mantém seu charme. É claro que não estamos em Berlim ou Paris. Mas eu já tinha me esquecido de um prazer que eu cultivava desde a infância. Andar de trem sempre foi uma das minhas predileções.
É tão irritante saber que, um dia, interesses econômicos e a estupidez política decidiram que o transporte rodoviário e a cultura do carro seria o foco do nosso "desenvolvimentismo". Ao invés de avenidas horrorosas ao lado de rios e mananciais poluídos no nascedouro teriamos parques, e talvez trilhos. São Paulo sempre dá a impressão de ser uma cidade que poderia ter sido e nunca será.
Dia desses deixei o carro em casa e fui de trem. Sim, o bom e velho ferrocarril, o monstro de ferro que desbravou os campos e trouxe o progresso, o comboio dos operários da periferia, o prosaico e eficiente transporte ferroviário.
Depois de uma caminhada saudável cheguei à Estação da Cidade Universitária, às 7h da manhã, para embarcar em direção ao trabalho. Imediatamente me lembrei das minhas andanças em Berlim, quando ir da Zoologischer Garten Hauptbahnhof até a estação de Ostkreuz era parte do prazer de viajante mochileiro. Sem dúvida nenhuma que o trem de subúrbio é o mais cosmopolita dos transportes, ao lado do metrô. Tirando o fedor do Rio Pinheiros e a endêmica feiura paulistana, o trem mantém seu charme. É claro que não estamos em Berlim ou Paris. Mas eu já tinha me esquecido de um prazer que eu cultivava desde a infância. Andar de trem sempre foi uma das minhas predileções.
É tão irritante saber que, um dia, interesses econômicos e a estupidez política decidiram que o transporte rodoviário e a cultura do carro seria o foco do nosso "desenvolvimentismo". Ao invés de avenidas horrorosas ao lado de rios e mananciais poluídos no nascedouro teriamos parques, e talvez trilhos. São Paulo sempre dá a impressão de ser uma cidade que poderia ter sido e nunca será.
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