Se o assunto é Holocausto, a Alemanha não titubeia. O peso do passado é uma lâmpada piscando para cada alemão em qualquer filme sobre o Auschwitz ou em informais conversas de bares e biergartens. No centro de Berlim, ao lado do Portão de Brandenburgo, um imenso memorial cumpre a função de lembrar os cidadãos o seu lúgubre passado recente. Talvez um pitoresco agricultor da Saxônia até sinta-se livre para expressar suas opiniões pessoais sobre racismo, xenofobia, nazismo e genocídio. Mas o governo alemão, desde que a guerra acabou, insiste em deixar claro: o Holocausto é um patrimônio de responsabilidade alemã, assim como é para os israelenses ou para os judeus da diáspora. Se a escravidão foi a chaga do Brasil, o genocídio da população judaica européia é o fardo eterno da nação alemã.
Foi no espírito dessa responsabilidade que a premiê Angela Merkel exortou o papa Bento XVI a deixar claro a posição sobre a negação do Holocausto. Joseph Ratzinger, alemão da Bavária, reabilitou o bispo Richard Williamson, que põe em dúvida a dimensão do extermínio dos judeus pela máquina nazista. Mais uma polêmica e mais gasolina na delicada relação entre o Vaticano e a comunidade judaica.
Foi no espírito dessa responsabilidade que a premiê Angela Merkel exortou o papa Bento XVI a deixar claro a posição sobre a negação do Holocausto. Joseph Ratzinger, alemão da Bavária, reabilitou o bispo Richard Williamson, que põe em dúvida a dimensão do extermínio dos judeus pela máquina nazista. Mais uma polêmica e mais gasolina na delicada relação entre o Vaticano e a comunidade judaica.

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