Nenhuma propaganda anterior aos ataques do 11/09, anunciando um mundo aparentemente pleno de felicidade com avanços tecnológicos, da internet, do fim das guerras ideológicas entre o socialismo real e o capitalismo (com a "vitória" inegável do segundo) e globalização à caminho do progresso teve o poder de eficácia da imagem dos dois aviões seqüestrados atingindo em cheio dois ícones do poder financeiro. Em poucas horas, o planeta parecia estar sendo despertado do torpor da aparente bem-aventurança linear do século XXI por uma nuvem de poeira com cheiro de querosene, entulho e carne calcinada.
Os ataques do 11 de setembro não deixaram somente um buraco no Marco Zero. Criaram um ponto de interrogação gigantesco a respeito dos futuros embates que nos restam. Se os Estados Unidos puderam viver uma hegemônia realmente plena, ela se estendeu da queda do Muro de Berlim até aquela fatídica manhã novaiorquina de aviões seqüestrados. A História já demonstrou mais de uma vez que o que vem do lado oriental é o que sempre surpreende, como uma manhã que nasce antes da hora.
A reação doméstica:

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